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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Análise do filme - Cisne Negro


No filme Cisne Negro, o diretor Darren Aronofksy e a Psicóloga Natalie Portmann trabalham em um lado obscuro do ser humano. Num mundo narcisista e perfeccionista de uma mãe frustrada por ter abandonado o ballet para cuidar de uma filha, ocorre um sufocamento e pressão da figura materna na filha, sendo ela obrigada a SER o que a mãe não conseguiu... A melhor bailarina da companhia...            Nina é uma bailarina extremamente calculista, perfeccionista, precionada pela mãe... Uma mente torturada querendo fugir mas sem coragem de despejar todo o ódio existente dentro de sí na figura materna, então, ela despeja todo o ódio que tem pela Mãe em Lily (Mila Kunis) – que Nina acha parecida com sua mãe. Nina tem uma ídolo, Beth (Winona Ryder) é a primeira bailarina da companhia... Podemos ver várias cenas de “idolatria” de Nina querendo tornar-se a Beth, não ser como ela mas ser ela. O filme gira em torno da peça de ballet Lago dos Cisnes, na versão do diretor da companhia Thomas Leroy (Vincennt Cassel) onde a mesma bailarina deve interpretar Odette e Odile – O Cisne Negro e o Cisne Branco, Thomas sempre diz que Nina é uma menina recatada, muito perfeccionista e delicada, é perfeita para interpretar o Cisne Branco... Mas ela sente-se capaz de pegar o papel da Rainha dos Cisnes... Tanto o Cisne Branco – Delicado – quanto o Cisne Negro – Solta, Sedutora -, antes dos resultados dos testes saírem, Nina entra no camarim de Beth e rouba um batom vermelho, passa em sua boca e entra no escritório de Thomas... Quando ela entra no escritório, pede desculpas pela falta de coordenação e perfeição, Thomas diz que já escolheu outra bailarina como a Rainha dos Cisnes e beija Nina – que morde a boca de Thomas e sai da sala –. Mais tarde, é divulgada a lista do elenco. Nina descobre que ganhou o papel de Rainha dos Cisnes, por já ter uma mente perturbada, ela entra no banheiro, liga para sua mãe... Quando sai da cabine, lê escrito no espelho com o batom vermelho que roubou de Beth: WHORE (Prostituta) Levando o telespectador a entender que foi a própria Nina que escreveu em um de seus surtos, se culpando por ter tentando seduzir Thomas – Nina tem um bloqueio na vida sexual, podemos entender que ela sofreu um abuso sexual na infância quando ela comenta com Thomas que não é virgem, mas nunca teve um caso sério, e nunca sente-se confortável ao falar de sexo. Em muitos momentos do filme, vemos pontos que nos levam a entender que Nina é abusada sexualmente pela própria mãe. No primeiro momento, quando Nina rouba um pedaço de madeira para bloquear a entrada da mãe no quarto, ouve sua mãe chegando e esconde o pedaço da madeira embaixo de sua cama, Erica (mãe de Nina) abre a porta e diz: “Está pronta para mim?”. Em primeiro momento, entendemos que pode ser algo relacionado a massagens dolorosas referentes ao balé, mas se observarmos bem a roupa da mãe vemos que ela está produzida com um babydoll, maquiada e com o cabelo bem escovado. Quando Nina sai para se “divertir” a primeira vez com a Lily, ela acaba se drogando e transando com um homem desconhido. Quando ela chega em casa, Lily está com ela e AMBAS respondem para Erica: “Fui até a Lua e Voltei”. Podemos entender que a Lily está apenas presente na cabeça de Nina e que ela acabou transando com a própria mãe, até porque após o orgamo de Nina, ela olha para Lily e vê a própria mãe falando: “Boa Noite, Docinho”.  No outro dia, quando Nina acorda, vê que a madeira que ela supostamente havia usado para trancar a porta estava fora do lugar, levando a entender que alguém dormiu com ela... Nina chega atrasada na Companhia e vai falar com Lily, que confirma que não esteve na cama com ela na noite passada.
            Nina sente-se precionada, e por ter um transtorno de dupla personalidade – que são liberadas quase que simultaneamente – e se machuca, auto-mutilação. Na casa de Nina, não existe privacidade. Sua mãe tem acesso total a todos os locais que Nina está, obrigando-a a tirar a roupa sempre que a Erica quiser. Quando Nina tenta se masturbar, ela é bloqueada pois vê sua mãe dormindo ao seu lado. Sempre que Nina está em momentos de excitação, surgem “misteriosamente” sangue perto dela, normalmente nos seus dedos... Sentindo-se culpada por estar se excitando, tendo em mente que ainda é uma criança (ou por sentir-se amaldiçoada pelo abuso sexual supostamente causado pela mãe). Nina tem em mente que a Lily quer roubar seu papel em Lago dos Cisnes, por ser uma bailarina mais impulsiva e sedutora... Lily é a preferida de Thomas para interpretar o Cisne Negro. Na cena que mostra Nina nos bastidores, ela vê Lily em seu camarim se maquiando. Ocorre uma discussão e Nina acaba matando Lily com um espelho quebrado enfiado na altura do umbigo. Na hora da apresentação, Nina consegue fazer tudo perfeitamente... Mas como o Cisne Negro que ela se tornou, não como o Branco que ela era... Cometendo alguns erros no ínicio do espetáculo, como cair – E acusando o Bailarino de estar de cúmplice da Lily – Quando Nina se veste de Cisne Negro,  ela se imagina com asas perfeitas. Ao fim do espetáculo, o Cisne Branco deve se matar, nesta cena, Nina se joga do alto de um “penhasco” e cai num colchão. Thomas corre para elogiá-la e Lily vê a barriga de Nina sangrando. Levando a entender que o conflito ocorrido no camarim foi entre ela e... ela mesma. O Cisne Branco, infectado pela Mãe contra o Cisne Negro que ela queria ser. Não é demonstrado nas filmages se Nina morre ou não, mas aí já é trabalho do telespectador entender se após sentir-se Perfeita – Como propriamente disse – ela poderia “Morrer em Paz”.            Não existem muitas ligações do filme com Publicidade, mas se for analisado profundamente, pode ser visto que o filme mexe com o subconsciente do telespectador, captando objetos e pontos essenciais sem serem percebidos. É uma técnica que todos os publicitários devem usar, a famosa “mensagem subliminar”. Não é perigoso como dizem, mas é uma forma de inserção na mente humana... Podendo ser perigoso dependendo do público que o cliente quer atingir.  Todas a propagandas devem ter um elemento X que fará um trabalho quase que sozinho, que – mesmo que seja desnecessário – leve o cliente a comprar o produto anunciado. E pelo fato de Natalie Portmann ser uma psicóloga ela consegue transmitir através de seu personagem muito mais informações implícitas que alcançam um grupo seleto de telespectadores, onde neste ponto se iguala a publicidade, já que muitas vezes nos deparamos com situções onde devemos nos desdobrar para transmitir informações específicas do produto para o público alvo.
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Análise feita por mim (Fellipe Medeiros) para a aula de Psicologia aplicada a Comunicação do dia 04/04/2012